A expectativa dos especialistas é de que o ano de 2024 termine com a taxa básica de juros em 9% ao ano, refletindo um cenário econômico de ajustes graduais após um período de alta volatilidade. Essa mudança impacta diretamente o mercado financeiro e as decisões dos investidores, principalmente aqueles que buscam alternativas mais seguras e rentáveis para diversificar seus portfólios.

Neste cenário, os fundos de infraestrutura (FI-Infra), que investem em debêntures incentivadas e financiam projetos de empresas neste setor, tornam-se opções interessantes aos investidores que buscam estabilidade e rentabilidade. Esses fundos são estruturados para apoiar o desenvolvimento de projetos que vão desde rodovias, ferrovias, portos até energia renovável, promovendo impacto econômico e social positivo.

Segundo gestores especializados, existem FI-Infra que poderão superar a renda fixa tradicional este ano, com a vantagem adicional de serem isentos de imposto de renda para pessoas físicas, tornando-se ainda mais atraentes. Isso porque, além do potencial retorno financeiro, esses fundos contribuem para o desenvolvimento sustentável do país, o que tem ganhado cada vez mais importância no mercado.

“Se a taxa Selic está baixa, se está em 9% ou 8% ao ano, o CDI ao mês vai estar na faixa de 0,7%. Isso significa que, se alguns FI-Infra pagarem entre 0,8% a 0,9% ao mês, eles ganham da renda fixa tradicional”, diz Vitor Duarte, CIO da Suno Asset. Essa diferença, ainda que pareça pequena, pode resultar em ganhos significativos no médio e longo prazo, especialmente quando considerada a isenção fiscal.

Rendimento em poupança vale a pena?


Além do rendimento promissor, os especialistas destacam que as perspectivas para o setor de infraestrutura são muito positivas para 2024 e para os próximos anos. Atualmente, o Brasil investe no setor, em média, R$ 160 bilhões por ano, mas para superar os gargalos que limitam o crescimento econômico e melhorar a competitividade, o país precisaria elevar esse valor para pelo menos R$ 350 bilhões anuais.

Investimentos em infraestrutura impactam diretamente na qualidade de vida da população, na geração de empregos e na atração de investimentos estrangeiros. Projetos bem-sucedidos promovem melhorias em logística, transporte, energia e saneamento básico, áreas fundamentais para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

A expectativa dos especialistas é que o governo e o setor privado intensifiquem os esforços para destravar projetos importantes, como concessões rodoviárias, expansão do setor elétrico e modernização dos portos, com o objetivo de acelerar o crescimento econômico e estimular a geração de renda.

Os fundos de infraestrutura desempenham papel crucial nesse contexto, pois canalizam recursos de investidores para projetos que demandam capital elevado e prazos longos de retorno, características pouco atraentes para o mercado tradicional. Dessa forma, esses fundos funcionam como pontes entre investidores e projetos que impulsionam o desenvolvimento do país.

Para investidores que buscam diversificação e proteção contra a volatilidade dos mercados financeiros, os FI-Infra apresentam uma excelente oportunidade, combinando potencial de retorno atrativo com impacto positivo na economia brasileira.

Além disso, a legislação vigente favorece esses investimentos, especialmente para pessoas físicas, ao oferecer benefícios fiscais que aumentam a atratividade do investimento em debêntures incentivadas.